Como é certo e sabido, o último fim-de-semana contrariou os últimos anos, onde em vez de irmos esbanjar dinheiro para a Latada (nem se comprou geral), fomos para Peniche, também esbanjar dinheiro. O objectivo: Ver o Rip Curl Pro Search, que esteve a decorrer de 19 a 30 (30?) de Outubro em Peniche (já agora, experimentem ler Peniche em Inglês). Já agora, isto é um diário de bordo muito longo. São 6 páginas da mais pura aventura, com cavalos, anões e orgias pelo meio. Quem achar que é um texto muito longo e não tiver pachorra, pode ir pó caralho, que isto está genial. Vá, tá engraçado, tá mais ou menos, tá horrível. Tá péssimo. Portanto, vocês é que sabem.
PS: Não me responsabilizo por danos colaterais psicológicos causados a quem quer que seja!
SEXTA
Vamos por etapas, então. Sexta-feira. Eu e o Zé fomos sexta. Fomos de autocarro, numa viagem…estranha. Para quem disse que as viagens de autocarro são um pouco seca, não me parece. Antes de entrarmos no bus, encontrámos uma rapariga com semelhanças incríveis com a Susana aka Pxinxo aka Pinxo aka opa poxa ai opa poxa. Também vimos uma rapariga com uma espécie de corte na zona do peito, não sei bem aquilo o que é, mas fiquei curioso. Entrámos e ficámos à frente. Foi-se passando algum tempo, a ouvir música e tal, e a dizer palavrões tão alto que chegavam lá atrás. Para melhorar as coisas, tínhamos uma gaja bem bonita ao nosso lado. Queríamos tirar uma foto a tanta beleza, mas ela preferiu ficar no anonimato, e desviou a cara. Depois, vêm os episódios estranhos. O primeiro foi uma mulher atrás de nós, que de 5 em 5 minutos deitava sucessivas bolas de pêlo para fora. O segundo aconteceu na paragem da Marinha Grande, onde um gajo com ar de andar nos ácidos entra no autocarro, e pouco antes do autocarro começar a andar, gritou lá dentro “O QUE É QUE EU ESTOU AQUI A FAZER? ABRE A PORTA, ABRE A PORTA”. Deu para rir um bocado.
Chegamos a Peniche, e fomos informados que íamos fazer 2 paragens. O Zé Pedro e eu estávamos com a ideia de alugar um carro, porque íamos ficar alojados na Areia Branca, que segundo a Pomba, era a 45 minutos de autocarro de Peniche. A primeira paragem foi no centro de Peniche, e estávamos a discutir essa do carro, e eu digo “fod*-se, se ao menos houvesse aqui um Rent-a-Car, ainda não vi nenhum”. E no sítio onde parámos, o Zé Pedro consegui mirar um Rent-a-Car para aí a um quilómetro. Apontou para ele dentro do autocarro, eu olhei, olhámos um para o outro, e disparámos para fora do autocarro. Chegamos lá, e vemos a lista de carros. Para alugar um carro classe D (era o único que havia) por 2 dias ficava a 60 euros, 30 a cada um, nada mau. A conversa foi a seguinte:
Zé: Boa tarde, olhe, gostávamos de alugar este classe D.
Senhora: Tudo bem. Os requisitos são ter mais de 23 anos…
Zé: Onde é a paragem de autocarros?
Vá, foi curta. E ainda tínhamos que ter 750 euros de franquia em caso de espatifarmos o carro todo. Lá a senhora nos deu indicações para chegarmos aos autocarros, e ainda trocámos de números, que ela convidou-nos para ir fazer uma patuscada…
Ok, só pedimos indicações. Andámos perdidos. P-E-R-D-I-D-O-S. Isto porque quando era para virar à direita, o Zé virou a esquerda. Boa. Apenas valeu porque encontrámos 2 brasileiras (nom nom nom), igualmente perdidas, que nos deram mais indicações. Continuámos a caminhar, e lá encontrámos, passado quase 1 hora, a paragem de autocarros para ir para a Areia Branca. Fomos num autocarro que cheirava a peixe que tresandava, e eu até mandei uma boca muito porca, se estiverem curiosos perguntem, que não vou ferir susceptibilidades a esta hora. Mas se pensar nas relações que pode haver com peixe, chegam lá. Passámos a viagem a tirar fotos non-sense e a contar o tempo que demorámos até à Areia Branca. Demorou…30 minutos. In your face Pomba. A primeira vez que lá chegámos, foi semelhante a ver o paraíso. Bares à volta daquilo tudo, mar, pousada da juventude mesmo ali, surf shop, surf school. Bru. Tal. O Zé Pedro até verteu lágrimas, coitado…
Na Pousada, fazemos o check-in, e o Zé Pedro disse que a recepcionista deve ter pensado que éramos paneleiros. Mas depois disse ao Zé Pedro para lhe ir mostrar a pila, lá foi ele, e ficou tudo resolvido. O nosso quarto era uma mansão incrível, composta por 2 camas, um espelho e 2 espécie de mesas. Ah, e uma janela, e paredes. Já agora, nunca dormi numa cama como aquela. Foi feita no céu, tenho a certeza.
Fomos almoçar. Às 6 da tarde. Vimos uma espécie de snack-bar lá no meio, o “Tasse Bem”. A ementa era vulgar, e lá pedimos um hamburger. Quer dizer, o Zé pediu uns 5, eu contei. Foi o melhor hamburger da minha vida. O Zé Pedro até disse uma frase assim um pouco gay: “Só te quero dentro de mim”. De seguida, fizemos o conhecimento do terreno, e aquilo é muito engraçado. Passa-se um bom Verão ali. Há muitos bares, mesmo à beira-mar, e ao pé da pousada. Após o conhecimento do terreno, passado 15 minutos, fomos jantar. Ao “Tasse Bem”, nunca tínhamos lá ido, estávamos curiosos. A ementa era vulgar, e lá pedimos um hamburger. Quer dizer, o Zé pediu uns 5, eu contei. Foi o melhor hamburger da minha vida. O Zé Pedro até disse uma frase assim um pouco gay: “Só te quero dentro de mim”.
(Acabei de ter a sensação que me estava a repetir a escrever esta última parte, que estranho)
Bem…e agora? Sem carro. Ah, é verdade, a boleia iria ser fornecida pela prima do Zé, acho que é francesa. Mas não me lembro do nome. E ainda bem que ela foi, como depois vão reparar. A que horas é que ela ia chegar? Entre a 1 e as 3 da madrugada. Uma hora aceitável. E nós, todos animados…fomos dormir. A meio, o Zé Pedro começou a falar sozinho durante o sono “Olha, porque estás a tirar a coisa da cerveja? Porquê é que sjadasxmczxcazx qjweqwekczx zxc?”. Ainda me ri. À 1 e pouco, o Zé Pedro recebeu uma mensagem da prima dele, a dizer que tinham chegado. Fomos lá para fora, e já estavam lá, a prima dele e um amigo, o Fati. Fomos para um bar aonde estava a haver karalhoke, e sai de lá com os ouvidos a sangrar. Havia lá umas pitas que foram cantar uma quantidade de vezes, deu para rir. A prima do Zé disse que o penso da minha cabeça (por causa do corno) era da publicidade ao anúncio do pó. Não sei se me senti gozado, mas depois fui pedir um fino, e a barmaid (NOM NOM NOM FODA-SE ERA ATÉ FAZER PAT...) olhou para mim, riu-se “Hahaha, tá a fazer publicidade ao anúncio do pó hahaha, desculpa desculpa, vou-te dar o fino”. Tá tuuuudo…
Bem, ainda bebemos uns copos os 4, tirámos umas fotos, rimos com o karalhoke, vimos umas MILFs, passou-se bem. A prima dele disse que nos vinha buscar às 10 da manhã do dia seguinte para irmos ver o campeonato. Lá fomos para a cama, bem quentes, e adormecer foi rápido. Pudera…com aquelas camas…
SABADO
Dia novo, dia de ir ver o Surf. Acordou-se às 9:30, num quarto com um ligeiro cheiro a destilação do álcool. Não percebo, ninguém andou a beber. Ainda fomos a tempo do pequeno-almoço, um paposeco com manteiga e um copo de leite, ui, senti-me cheio. Noti. O Zé comeu uns 5, e ainda tinha fome. Lá fomos tratar do corpo (como quem diz “lavar”, escovar dentes e a quem lhe apeteceu, apanhar o autocarro). A prima do Zé mandou uma mensagem a dizer que tinha acordado, mas que o Fati estava cheio de sono. Depois respondemos, e ela nunca mais respondeu. Acho que tinha perdido o telemóvel. Bem, depois metemo-nos a monte para apanhar o verdadeiro autocarro (sabem o que é apanhar o autocarro na casa de banho, ou tenho que fazer um desenho?), porque era a única alternativa, mas quando lá chegámos, horários, zero. Fomos pedir informações a alguém e disseram-nos que hoje não havia autocarros, nem ao domingo. Estranhamos, portanto a única opção era esperar pela prima do Zé. Ela não tinha dito que às 10:00 cá estava? Pois, já eram umas 11 por esta altura. Vamos a pé? Claro! Que não. Fomos dormir (como podem ver, passámos algum tempo a dormir neste fim-de-semana, mas a culpa é das camas), até a prima do Zé se lembrar daquela cena estranha chamada acordar. Acho que eram 1 e picos quando voltámos a acordar, e a prima do Zé, adivinhem, AINDA ESTAVA A DORMIR. Mas pouco depois mandou uma mensagem a dizer que não conseguiu acordar (afinal não sou só eu que digo isto, né?). Bem, mas entre as 2 e as 3, já estávamos no carro dela e prontos para seguir para Peniche, e para o Rip Curl Pro Search!
Entretanto já no carro, a prima do Zé e o Fati desculparam-se e ofereceram-nos a almoço. Disseram isto no momento em que o Zé já tinha um pé apontado à cara da Au…da prima dele, safou-se de boa a rapariga. Fomos ao Pingo Doce buscar as cenas, incluindo uma garrafa de JP tinto e Gazela. E lá fomos para a casa do Fati, no meio de uma espécie de parque de campismo, mas com casas, nunca sei o nome destas merdas. A casa era muito nice, e tinha uma vista espectacular para fora, mas estava tapada por uma parede enorme. Mas tenho a certeza que era uma vista espectacular. Eles começaram a fazer o almoço, o Zé fingia que fazia qualquer coisa, e eu fumava um cigarro lá fora, porque já sabia que ia lavar a loiça. Hora de almoço, era Strogonoff com massa. Aproveito para dizer que a comida estava extremamente boa, portanto os meus agradecimentos à Aud…prima do Zé e ao Fati. Já agora, se algum deles estiver a ler isto, podem repetir amanhã, que eu agradeço. E mais uma vez lavo a loiça. Mas o Zé leva a bebida.
Eram 4 e pouco, estava na hora de ver algum Surf. Mas atenção ao pormenor, não sabíamos qual era a praia. Boa. Se lixe, fomos pelo Baleal. Não era lá a competição, mas o ambiente estava 5 estrelas. Bom era ter uma vida assim para sempre. Ainda antes fomos à loja da Rip Curl, que era uma loja super barata, como preços entre 100 a 300 euros. Desistimos da ideia de comprar t-shirts e afins. Chegámos ao centro da organização da competição (ou lá o nome que lhe dão), e soubemos da existência de autocarros para o local. Quando lá chegámos, informaram-nos que tinha acabado de sair o último autocarro, e que a competição estava a acabar. Bem, competição no sabádo, não vimos nada. O Zé Pedro chorou um pouco. E seguimos caminho para um bar, onde eu pedi um Baileys (adoro esta merda, não venham cá dizer que é bebida de naião, como já ouvi dizer), e o Zé e a Audr…a prima do Zé pediram caipirinhas. Eu fui lá pedir,e avisei-lhes que a caipirinha era 5 euros, sem ter visto o preço, e eles não acreditaram na voz de Deus. Avisámos as raparigas que estávamos por lá (ah sim, a Rute, a Pomba e a Tatiana também foram). Ficámos pelo bar a ver o anoitecer, e o pessoal que restava na praia a surfar. O Zé e a prima estavam a fazer uma competição para ver quem tirava a foto mais estúpida do dia, mas acho que perderam os dois. Começou a dar a fome, e a prima do Zé queria pizza. O Fati lembrou-se de uma pizzaria mesmo aqui ao lado. Pegámos em nós, e lá fomos. Pelo meio, encontramos as raparigas (ALELUIA MEU IRMÃO!). A Pomba estava com uma cara de enjoada, mas parecia-me bem. A Tatiana estava a ter pequenos orgasmos consecutivos, e a Rute estava, com 1 hora de sono (!!), de óculos de sol às 7 e meia da noite, com umas olheiras que chegavam até ao nariz, a curtir bués daquela merda. Estavam todas felizes, e porquê? Porque foram à competição (CARRRRRAAAALHO gritou o Zé nesta altura) e andaram a lavar a vista. E depois nós é que olhamos demasiado, blablabla, está bem. Elas foram para casa da Pomba, e nós lá fomos para a pizzaria. Chegámos, e o Zé e a Audre…a prima do Zé sentaram-se lado a lado, de modo a poderem ver a televisão, e eu e o Fati, sem televisão. Começávamos a conversar, e as respostas do Zé e da prima dele variavam entre coisas interessantes como “Yup”, “Pois Pois”, “não gosto disso”, “o Açoriano é um maricon”. Estavam vidrados na porra da televisão, e eu e o Fati a apanhar gambusinos. Lá vieram as pizzas, pedimos 2, e eram tipo, gigantes. Uma pizza daquelas no chão do meu quarto, e não conseguia andar lá dentro. Nem sei como se comeu tudo, mas comeu-se, e estava muito boa. O Zé Pedro ainda queria mais uma pizza!
Bem, fomos para casa do Fati…buber! Começámos a jogar a uns jogos muito estúpidos. Mas cómicos. O primeiro era dizer-mos uma palavra muito estúpida à outra pessoa, e a pessoa conseguir dizer essa palavra no meio de uma discussão sobre tudo e nada. Eu por exemplo, disse à prima do Zé a palavra “Hipopótamo”. A mim calhou-me a palavra “Pintelhos”, obrigado Fati. Toma que levaste “Berbequim”.Mas, escusado será dizer que perdi. Já a outra, o Fati pergunta se alguém quer Gazela, e a prima do Ze responde “Epa, Gazela não, mas um Hipopótamo ia bem”. Eu nem acredito que ela se safou com essa, e ninguém duvidou. Já ao Zé, calhou-lhe Origami, e eu a dizer que era essa a palavra, e ninguém acreditou em mim. E depois calhou-me xilofone, eu disfarço super bem, e ela adivinhou. Ela depois mostrou o diploma de mestrado nesse jogo, e eu pedi para mudarmos. Ainda jogámos ao pergunta com pergunta, onde só se pode responder com perguntas às perguntas do outros. Eu e o Fati ficámos na mesma equipa, e levámos uma abada monstruosa do Zé e da Audrey (Ah, era Audrey o nome!). Ganhámos 1 vez em 1000 tentativas, não foi mau. O Zé e a Audrey mostraram-nos o diploma de doutoramento naquele jogo, e mudámos outra vez. E jogámos ao jogo do 21. Esse sim, fez mossa. Conta-se até 21 e quem disser 21, bebe e troca um dos números pelo que lhe apetecer, desde um número, a uma palavra, a um som. Ah, e quando se dizia 2 números (ou palavras) na mesma pessoa, a ordem alternava. Vejam como ficou no final do jogo, que só acabou porque não havia mais bebida:
“que merda é esta” 5 2 “tribo do sol” “hipopótamo” “porta-chaves” sete oito “lunático” “tou fodido” “bru tal” 12 13 “piripiri ririri” 15 16 “origami” 18 19 20 21
Acabou a bebida, e como já estávamos embalados, estávamos a pensar ir buscar mais um garrafa de vinho verde e ir para casa das raparigas. No entanto, elas já estavam quase a dormir, e portanto, seguimos para a Areia Branca. Depois de uma aventura enorme para encontrar um saca-rolhas, com o Fati a ir ao Tasse Bem buscar um, e quando voltou, já não era preciso porque o Zé já tinha um, após ter espalhado o seu charme na rapariga que estava à recepção. O Fati desatou aos palavrões e foi devolver aquilo. Bebemos a garrafa, enquanto o Zé e a prima continuavam a competição da foto mais estúpida, e acho que voltaram a perder. É claro que depois de beber aquilo, deu a fome, e alguém teve a ideia de ir ao Tasse Bem comer daquelas hamburgers. Eu falo por mim soube a pato, a outras pessoas nem tanto (como irão perceber daqui a pouco…), mas no momento, todos gostaram do hamburger. O Zé Pedro lá teve mais um orgasmo quando comeu aquilo, e lembro-me vagamente de uma discussão acesa entre nós todos, sobre o que seria pior, ficar cego ou nascer cego? Ainda tivemos a falar uma hora. Noti. Bem, hora do sono. A Audrey prometeu a pés juntos que amanhã por voltas das 10h/11h cá estaria para se ver o Surf, e lá fomos dormir, e eles também. Será Domingo que vemos o surf?
DOMINGO
E cá está o último dia. Que demorou uma semana “in the making”. Porquê? Porque é simplesmente o melhor dia, e está cheio de deliciosos pormenores! …Vá por acaso não é muito diferente dos outros, foi mais preguiça. O Zé Pedro acorda às 9:00 para “tomar” o pequeno-almoço. Eu mandei-o para a casa daquela palavra que começa em C acaba em O e tem “aralh” no meio, e continuei a dormir. Às 10 e pouco acordo, faço a toilette do costume, e digo ao Zé que quero ir “tomar” o pequeno e médio almoço ao Tasse Bem. Lá fomos, comi uma sandes de homem e li o jornal desportivo. O Zé Pedro estava a vislumbrar as ondas, a preparar a vista para mais logo. É desta que vamos ver o Rip Curl Pro Search! A Audrey e o Fati chegaram lá às 11:00, com o Fati a conduzir. Com o Fati a conduzir? Vá, depois trocou com a Audrey e tudo estava no sítio. Ao que parece, o hamburger não caiu bem à prima do Zé, e foi uma noite em claro. Eu bem lhe disse para ela não comer o hamburger que ia fazer mal. Não ouvem a palavra de Deus…
Bem, após um bocado a andar de carro, chegamos ao centro da organização do Rip Curl Pro Search, e fomos procurar por um autocarro para ir até à praia em que estava a ser disputada a ronda do dia. Tirando a Audrey, que estava à procura de onde se arranjavam os brindes da TMN. Chegámos ao autocarro, e o Zé já fazia o aquecimento para entrar no bus, mas o motorista virou-se para quem estava cá fora à espera e disse que hoje não havia condições para a competição prosseguir. Olhei para o Zé com uma cara de quem diz “viemos para Peniche, para ver isto, e não vimos”, assim com uma cara entre o triste e entre o gozo, fácil de imaginar. O Zé gritou “PORQUE É QUE DIZES ISSOU?” mandou um gancho de direita no motorista. Depois acordou e chorou.
E pronto, lá fomos fazer qualquer coisa de útil, tipo, tomar café. Sentámo-nos e à Audrey deu o desejo de uma torrada. Daqueles que “ou como já, ou fico chateada”. E lá onde nos sentamos a tomar café, não havia. Então fomos à procura de um snack-bar com torradas. Após uma procura intensiva onde demoramos bué, tipo 10 minutos, e após passarmos por muitos bares, tipo 2, encontrámos um café com torradas. Porra, aceita-se que um snack-bar não tenha torradas? Chulos pá, ando eu a pagar as cotas para isto…
Depois deste pequeno-almoço, fomos ver umas surf shops que estavam ao pé da loja da Rip Curl, e que também eram muito baratas. Tão baratas que sai de lá sem nada. Aliás, eu vidrei foi numa guitarra muito engraçada que estava na vitrine da loja, mas que não estava à venda. Com uma guitarra daquelas, mandava no mundo. (mandavas mandavas…)
Deu a fome, mais uma vez (bem fartei-me de comer mal, ou bem, depende das perspectivas). Eu queria uma salada, por isso fomos à pizzaria. Desta vez ficámos de modo a que também pudesse ver a televisão. E a sal…a pizza, novamente muito boa. Eu disse que ia comer salada? Ah, sim, estava muito boa. Ainda tripei que queria uma coca-cola de pressão porque era mais barato e mais saboroso. Resultado, uma cola que parecia água del cano com caramelo, sem gás, e se tinha 20 cl, era muito. Cortei os pulsos, pagámos a conta, e fomos embora. Pa um baaaaaaaaar. (Cantem vocês o resto, piss on you).
As raparigas (Pomba, Rute e Tatiana) já lá estavam à nossa espera. Até estranhei que não gozaram de nós não termos visto ondas nenhumas, mas mal sabia o que ia sofrer segunda-feira. Não se falou de muito, tirando o facto de saber no domingo que tinha mini-teste quinta (e que correu bem. Mesmo bem. Fogo.). O Zé Pedro ainda encontrou o gajo que lhe deu aulas de surf em S.Pedro de Moel e foi mandar um bate-papo com ele. Segundo o Zé, quando voltou, ele estava mocado, com ganza nos bolsos, e pediu-lhe para enrolar uma. Pode-se adivinhar que a conversa durou 1 minuto. As raparigas deram o fora, e nós depois de ficarmos lá 15 minutos a ver os outros a comer pizzas e SALADAS, e a ouvir o Fati a fazer mudanças super subtis de tema de conversa, fomos arrumar as coisas. Estava na hora de ir embora, infelizmente. A Audrey e o Fati foram arrumar e meter as tralhas para dentro do camião da Audrey, e ficou-se por lá a ouvir um pouco de Jack Johnson. Metemo-nos dentro do carro, que o Zé ainda tinha que ir ter com os pais dele, que nos iam dar boleia (a mim claro, o Zé também vinha não percebo bem porquê). Antes de arrancarmos, fomos meter as coisas no lixo, e o Fati reparou que o leite que ia meter fora ainda tinha restos lá dentro. Bebeu meio galão em 10 segundos, e meteu aquilo no lixo. O rei de Peniche, tenho dito.
Encontramo-nos com os pais do Zé (isto depois de Audrey ir atropelando uma Tia Maria sem querer) e falou-se um pouco. Dissémos que nos portámos bem…e é verdade! Não ingerimos álcool, não fumámos tabaco, e vimos o Rip Curl Pro Search! Aplicados e educados…foi tudo ao contrário, mas pronto.
E assim acabou a viagem. O regresso a Coimbra esperava-se. Fica o desejo de lá voltar, mas desta vez, para ver umas ondas a sério. É que eu já estou assim farto da piada “Onde vais Açoriano?” “Já venho.” “Ah, vais apanhar uma onda?”.
THE END
AçorianoEditora @ 2009, copyrights podem ser vendidos em troca de miminhos.
8 comentários:
fdx!
ainda nao li, mas nao queres meter mais algum pormenor? xD
Epa quanto a voces nao sei mas este corno (sem ofensa) quando está inspirado pqp... Eu que estive lá tive que lhe bater para ele escrever o domingo porque tava com curiosidade de saber o q s tinha passado.. Rei.. XD
Xonhas: A vida sem os pequenos pormenores não passa de uma vida sem sentido...;)
(diz lá se não sou uma fonte de inspiração?) XD
Zé: Sr.Corno sff.
Em vez de sr Corno posso-te chamar menino do pó...
Ai desculpa desculpa desculpa...
olha a onda, olha a onda....xD
Looll! Tá muito bom sim senhora xD gand farfalhini! Vá demorou a ler mas valeu a pena hihi, Baccione
Eu li (na 5ª). Um Viva sff. Mas por causa disso atrasei-me para o italiano pah. Ja tenho saudades dessa tua maneira de relatar acontecimentos =b. Beijooooo per tutti
eu ainda não li porque acabei por ficar cansado só de ver o tamanho do texto. talvez o faça quando tiver para ai uma horita disponível.
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