A Serenata Monumental para um finalista começa bem cedo, lá para meio do fim da tarde. As capas negras que forram o chão servem de toalha a um piquenique onde os bidões de gelo arrefecem a calorosa partilha entre as dezenas, ou talvez centenas de estudantes que começam a encher a Praça da Sé Velha. Entre um e outro gole, a meio de uma sandes, entoaram-se gritos e hinos de curso numa recordação daquilo que tinham sido os tempos de caloiro, pastrano, grelado, fitado, veterano…
O cair da noite trouxe consigo o negro intenso que agitou as últimas horas de espera onde cada um se tentou acomodar como podia, sempre com a preocupação de conseguir ver os nossos colegas músicos que protagonizariam o espectáculo. De capas traçadas sob um céu limpo azul-escuro, numa atmosfera carregada de nervosismos miudinhos, lá se começaram a ouvir os primeiros acordes das guitarras cujo dedilhado nos embalou a todos durante uns quase eternos sessenta minutos.
Por todo o lado, uma ou outra lágrima teimou em lavar os rostos entristecidos pela saudade e o Fado, que nos juntou ali a todos para daqui a uns meses nos trair com a derradeira despedida, foi intercalado com baladas, trovas, entre outros temas. No final, para honra de todos os finalistas presentes, A Balada de Despedida do Ano Médico 2010-2011 estreou-se em chave de ouro para se imortalizar na já vasta tradição de canções das serenatas da nossa academia.
Seguiu-se o inevitável Éférreá, gritado em uníssono com o agitar das capas no ar, lançadas por cima dos sorrisos abertos que denunciavam o início da festa. As fitas agitadas acima das cabeças deram um colorido especial a todas as recordações e aos segredos que todos levaremos, certamente, daqui para a vida!
4 comentários:
=´) profundo...e tocante!
N sabia deste teu jeito pa escrita. Gostei :)
Sim senhor!! Mt mt giro :D só tnh pena que o resto das pessoas não vai ver esta versão =/ mas o testemunho fica aqui guardado hihi Beijinho
Foste tu que escreveste esta merda? que cena gay
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